segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Geólogos na crista da onda

Quando me formei géologo em 1990 à epoca as oportunidades de trabalho eram limitadíssimas. Devo ter ficado uns nove meses desempregado, sem qualquer perspectiva, se não estudar para os poucos concursos públicos da época. Cheguei a passar no de Guarulhos mas não assumi. Preferi abraçar a opção de atuar na área ambiental, que engatinhava.

Hoje a coisa é bem diferente. Meio ambiente, geotecnia, petróleo e mineração são setores da economia que literalmente caçam geólogos. Desemprego é raro e os salários estão acima da média.

Nos últimos 30 dias notei pelo menos três matérias na mídia impressa elencando o geólogo como profissional em alta. Na folha de SP http://www1.folha.uol.com.br/fsp/empregos/ce2109200830.htm, na Você S/A  http://vocesa.abril.com.br/informado/aberto/ar_293125.shtml e no Estadão.

Como empregador de geólogos em minha empresa de consultoria, posso garantir que há 5 cinco anos a demanda vem crescendo significativamente e hoje está muito, mas muito difícil contratar geólogos, bons profissionais então é missão impossível.

Na construção da minha vida profissional sofri com a falta de conceitos de administração e direito, que tratei de sanar estudando teoria de administração e economia por conta e cursando direito. Hoje posso dizer que tenho bons conhecimentos nesses campos.

Procurei verificar como anda a grade curricular do Instituto de geociências da USP, https://sistemas2.usp.br/jupiterweb/listarGradeCurricular?codcg=44&codcur=44011&codhab=100&tipo=N , e qual não foi surpresa constatar que poucas mudanças ocorreram em 20 anos. E ainda não há opção, nem de disciplinas optativas, relacionadas a administração,  gestão de projetos e ética profissional.

Mas isso deve mudar! A onda está fechando, mas o tubo tem saída.