sábado, 31 de maio de 2008

Precaução x Razoabilidade

No processo de gerenciamento de áreas contaminadas há um princípio que é frequentemente invocado quando há alguma incerteza no diagnóstico de algum aspecto ambiental relevante. Na dúvida opta-se pelo mais restritivo sob alegação que deve prevalecer a precaução.

O princípio da precaução deve ser invocado "quando houver ameaça de danos sérios ou irreversíveis, a ausência de absoluta certeza científica não deve ser utilizada como razão para postergar medidas eficazes e economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental" , segundo o Princípio 15 da Declaração da ONU do Rio de Janeiro (1992).

Umas de suas características, obviamente além de resguardar meio ambiente, é sua aplicação conjugada com o princípio da razoabilidade.

Explico em poucas palavras: a busca de informação adicional para esclarecer uma situação que possa ameaçar a integridade do meio ambiente deve considerar o montante de esforço necessário, financeiro ou não, a obtê-la e que o teor dessa informação dessa decisivo e efetivamente reduza a incerteza.

Quando a razoabilidade não é considerada, a incerteza, traduzida em custos, é externalizada para a sociedade direta ou indiretamente, sem que haja eficiente redução ou eliminação da ameaça. perdem todos, a sociedade, o Estado e o setor produtivo.

Surf na Itália

O objetivo da viagem não foi pegar onda. Tanto que nem levei a prancha, mas todo local que tinha praia, ficava de olho em cada recorte do litoral, ondulação e sentido do vento para avaliar o potencial de surf. Para a minha surpresa, apesar do mediterrâneo ser fechado, tinha um balanço em vários locais. Pena que eles construiram quebra mares em várias praias da Costa Amalfitana. Pelo relevo e topografia das praias, devia rolar onda boa lá. Olhei no wannasurf.com e não tem qualquer nota sobre ondas nessa parte da Itália. Os picos aparecem no wannasurf nas imediações de Roma para norte até a região de Genova, na Sicilia e na Sardenha. Essas últimas são ilhas com formações de calcárias que formam bons fundos para o surf.

Notei que em Amalfi tem potencial razoável um fundo de areia no centro da cidade.



No litoral da Costa do Sul (Mar Jônico) tem potencial também, mas como o litoral é pouco recortado e o fundo é de areia grossa e cascalho, as ondas são cheias e quebram razoavelmente perto da areia.


Onde percebi maior potencial de surf foi na Sicilia. Trata-se de uma ilha com rochas vulcânicas e muito calcário. Nos locais onde as formações calcárias encontram o mar, formam-se recortes perfeitos para criação de bons fundos. A Sicilia é uma ilha em formato triangular que por isso deve receber swells de todas as direções e, portanto, sempre haverá um local com vento e ondulação certos.

Próximo do Cabo São Vito, há recortes perfeitos que com ondulação certa nas varías penínsulas e baias deve gerar boas ondas. A ondulação estava pequena nas vi algumas ondinhas perfeitas quebrando na ponta de uma peninsula nesse região. Não havia ninguém surfando lá!

Próximo da capital da Sicília (Palermo) há bons picos também em fundo de rocha calcária. Inclusive constam no wannasurf.
Enfim, na itália pode não rolar onda grande, mas há potencial para muita onda perfeita, reef e point break, e melhor, sem crowd e uma fantástica cultura e história para conhecer. Vale com certeza planejar uma trip, especialmente, no final do inverno ou final da primavera.
Ps. para quem gosta e viajar, recomendo acessar www.photoburst.net.